Nulidade do reconhecimento policial: guia prático para se defender

Ilustração minimalista de balança da justiça representando nulidade do reconhecimento policial

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Nulidade do reconhecimento policial: guia prático

Reconhecimento policial nulo compromete o processo. Assim, você precisa conhecer as regras do CPP e agir rápido.

Por que isso importa

Autoridades usam o reconhecimento para sustentar prisões e denúncias. Contudo, sem o rito legal, a prova cai. Desse modo, a acusação perde a base e a defesa ganha força.

  • Segurança jurídica
  • Prova confiável
  • Contraditório efetivo

Reconhecimento policial nulo: o que a lei exige

1. Descrição prévia

A vítima descreve o suspeito antes do ato. Assim, evita-se sugestão.

2. Pessoas semelhantes

O suspeito fica ao lado de pessoas parecidas. Portanto, a escolha torna-se mais fiel.

3. Registro formal

Autoridade documenta tudo. Além disso, colhe assinaturas e hora.

O art. 226 do CPP prevê essas etapas. Logo, a inobservância gera nulidade e contamina decisões.

Consulte a lei no portal oficial: art. 226 do CPP.

Jurisprudência que reforça a nulidade

O STJ decidiu que reconhecimento sem as garantias legais não sustenta condenação, ainda que repetido em juízo.

Leia a decisão: HC 712.781/RJ, STJ.

O precedente orienta juízes e delegados. Assim, você pode pleitear absolvição ou trancar a ação quando a prova for viciada.

Como atuar na prática

Use este roteiro. Ele acelera sua estratégia e melhora resultados.

  • Peça a ata do reconhecimento e verifique se houve descrição prévia.
  • Confirme se participaram pessoas semelhantes e em número suficiente.
  • Exija gravação de vídeo ou, ao menos, relatório detalhado.
  • Impugne o ato e requeira desentranhamento da prova viciada.
  • Sem provas autônomas, postule absolvição com base no art. 386, VII, do CPP.

Sinais de alerta no reconhecimento

Memória sugestionada

O policial aponta sutilmente o alvo. Consequentemente, a vítima erra.

Fila irregular

O suspeito destoou dos demais. Assim, o viés visual aumenta.

Autodeclaração única

Não houve registro formal. Portanto, o ato torna-se frágil.

Perguntas frequentes sobre reconhecimento policial nulo

Reconhecimento sem testemunhas vale?

Não. Faltaram formalidades mínimas. Logo, o ato é inválido.

Sem outras provas, pode condenar?

Não. Falta prova autônoma. Assim, a absolvição se impõe pelo art. 386, VII, do CPP.

Posso refazer o ato corretamente?

Pode, desde que siga o rito legal. Desse modo, reduz erros e reforça a credibilidade.

Recursos úteis

Próximo passo

Precisa impugnar um reconhecimento? Agende uma consulta. Assim, estruturamos a defesa e pedimos as medidas urgentes.

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Por Paulo Vitor Faria da Encarnação, OAB/ES 33.819, Mestre em Direito Processual pela UFES.

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