Responsabilidade digital STF

Ilustração mostrando justiça digital com balança e ícones de redes sociais representando a decisão do STF sobre responsabilidade das plataformas.

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STF redefine a responsabilidade das plataformas digitais no Brasil

O Supremo Tribunal Federal reconheceu a inconstitucionalidade parcial do art. 19 do Marco Civil da Internet. Assim, redes sociais e buscadores podem responder por danos causados por conteúdos de terceiros em novas hipóteses. Além disso, a decisão modulou os efeitos para frente.


O que muda na prática

  • Notificação eficaz: após pedido de retirada, a inércia pode gerar indenização.
  • Presunção em casos pagos: anúncios e impulsionamentos criam presunção de responsabilidade.
  • Bots e redes artificiais: uso de robôs amplia o risco jurídico.
  • Crimes contra a honra: em regra, exigem decisão judicial para responsabilizar.
  • Mensageria privada, e-mail e reuniões fechadas: seguem sob a lógica do art. 19.

Dever de cuidado imediato

Em conteúdos gravíssimos, a plataforma deve agir sem demora. Portanto, a omissão configura falha sistêmica.

🛡️ Atos antidemocráticos

⚠️ Terrorismo

🧠 Indução ao suicídio ou automutilação

👶 Crimes sexuais contra crianças e vulneráveis

🚫 Racismo e discriminação

🙅 Crimes contra a mulher

Checklist rápido para marcas e creators

  1. Implemente política clara de moderação e registre as decisões.
  2. Responda a notificações com protocolo e prazo definido.
  3. Revise anúncios e impulsionamentos antes da veiculação.
  4. Monitore automações e elimine redes de bots.
  5. Crie canal de atendimento acessível e documentado.

Riscos e oportunidades

Com a nova interpretação, cresce a responsabilidade, mas também a previsibilidade. Desse modo, quem adota governança, transparência e resposta rápida reduz passivos e melhora a confiança do público.

Perguntas frequentes

Vale para casos antigos?

Não. A modulação alcança casos futuros.

Uma notificação genérica basta?

Não. A notificação deve permitir a identificação do conteúdo e a avaliação da ilicitude.

Críticas e opiniões caem automaticamente?

Não. Em alegações de honra, a regra geral exige decisão judicial para responsabilizar.


Como avançar agora

  • Faça auditoria de conteúdo, anúncios e fluxos de denúncia.
  • Adote due process interno com etapa de recurso.
  • Publique relatório de transparência periódico.
  • Nomeie representante legal no Brasil, se atuar no país.

Assim, você reduz riscos, cumpre deveres e protege sua reputação digital.


Paulo Vitor Faria da Encarnação
OAB/ES 33.819 • Mestre em Direito Processual (UFES)
Santos Faria Sociedade de Advogados • Vila Velha/ES
[email protected] • (27) 99266-3367

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