Superendividamento do consumidor e mínimo existencial na prática

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Superendividamento do consumidor e proteção do mínimo existencial

O superendividamento do consumidor cresce rapidamente no país e, por isso, decisões judiciais tornam-se essenciais para garantir proteção real. Além disso, o recente acórdão do TJRJ reforça limites claros e preserva a dignidade financeira da consumidora.

Superendividamento do consumidor em resumo

  • O Tribunal reconhece a situação de superendividamento da consumidora.
  • O juiz homologa o plano de repactuação com fundamentos sólidos.
  • Os descontos ficam limitados a 35% da renda líquida mensal.
  • O valor fixo do decreto não prevalece no caso concreto.
  • O Tema 1085 do STJ não impede a proteção do mínimo existencial.

O que é superendividamento do consumidor

A Lei 14.181/2021 define o superendividamento do consumidor como incapacidade de pagar dívidas sem comprometer o mínimo existencial. Além disso, a análise considera boa-fé, renda disponível e impacto familiar.

Essa lei cria um microssistema de proteção e, portanto, orienta o Judiciário na reorganização financeira do consumidor. Dessa forma, o sistema jurídico melhora a prevenção e também trata casos já instalados.

Para consultar o CDC atualizado, acesse este link oficial .

Dados essenciais do superendividamento do consumidor

O acórdão descreve quadro típico de superendividamento do consumidor e, por isso, evidencia desequilíbrio financeiro grave. Além disso, a renda líquida da autora não cobre sequer despesas básicas.

DadoInformação
TribunalTJRJ – Oitava Câmara de Direito Privado
Tipo de açãoRepactuação de dívidas por superendividamento
Renda líquidaR$ 5.589,77
Despesas e dívidas mensaisR$ 17.954,97
Comprometimento da rendaMais de 90%
Limite judicial fixado35% da renda líquida

Os dados confirmam forte desequilíbrio e, portanto, justificam intervenção judicial. Além disso, o Tribunal protege a renda mínima e evita risco social.

Superendividamento do consumidor e mínimo existencial

O acórdão esclarece que o mínimo existencial não se limita ao valor imposto por decreto e, portanto, exige leitura constitucional. Além disso, o Tribunal reconhece que R$ 600,00 não assegura subsistência digna.

O julgamento considera despesas reais da vida cotidiana e, dessa forma, ajusta a interpretação à dignidade humana. Além disso, a decisão impede que a consumidora viva em situação de miséria.

O colegiado também menciona a ADPF 1097, que discute limites do decreto no STF. Por isso, o tema segue em evolução no cenário jurídico nacional.

O acórdão cita estudo do Dieese sobre custo de vida e, assim, reforça necessidade de análise concreta. Acesse o estudo completo .

Limite de 35% no superendividamento do consumidor

O Tribunal fixa limite de 35% da renda líquida para descontos e, portanto, garante reserva mínima mensal. Além disso, esse limite vale para consignados e débitos automáticos.

O banco invoca o Tema 1085 do STJ. Entretanto, o Tribunal aplica distinguishing e, por isso, afasta o repetitivo. Além disso, o caso envolve superendividamento do consumidor, o que altera o cenário jurídico.

O mínimo existencial prevalece nesses casos e, desse modo, o Tribunal garante equilíbrio contratual. Para consultar o tema, acesse o resumo oficial .

Checklist para identificar superendividamento do consumidor

Você pode usar o checklist abaixo como indicador inicial e, além disso, avaliar necessidade de auxílio jurídico imediato.

PerguntaResposta
As parcelas excedem 50% da renda líquida?Sim / Não
Você atrasa contas essenciais todo mês?Sim / Não
Você refinancia empréstimos repetidamente?Sim / Não
Você mantém reserva financeira mínima?Sim / Não

Se você respondeu “sim” para várias perguntas, então o risco é elevado. Além disso, a orientação jurídica especializada se torna urgente.

Repactuação judicial no superendividamento do consumidor

A Lei 14.181/2021 prevê audiência específica e, portanto, incentiva diálogo estruturado com credores. Além disso, o plano deve respeitar o mínimo existencial e boa-fé objetiva.

O magistrado pode ajustar prazos e juros quando necessário e, dessa forma, garante equilíbrio contratual. Além disso, o acórdão confirma homologação por sessenta meses.

Para conteúdos complementares, acesse o blog do escritório .

Próximos passos no superendividamento do consumidor

A pessoa superendividada deve mapear dívidas com cuidado e, além disso, guardar comprovantes essenciais. Desse modo, a análise jurídica se torna mais precisa.

Você pode complementar informações acessando conteúdo sobre isenção de imposto de renda e, portanto, avaliar impacto financeiro. Acesse este artigo .

Fale com advogado especializado em superendividamento do consumidor

Cada caso exige análise técnica minuciosa e, por isso, o acompanhamento profissional reduz riscos. Além disso, a atuação especializada melhora negociações com bancos.

Por Paulo Vitor Faria da Encarnação, advogado em Vila Velha/ES, OAB/ES 33.819, sócio do Santos Faria Sociedade de Advogados.

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