Execução fiscal sem CDA: nulidade e jurisprudência atual

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A ausência de CDA causa nulidade da execução fiscal. Além disso, esse entendimento aparece de modo uniforme na jurisprudência recente, o que reforça a importância do tema. Portanto, compreender essa exigência ajuda na construção de defesas consistentes.

1. O que é a CDA e por que sua ausência gera nulidade?

A Certidão de Dívida Ativa é o título executivo indispensável. Assim, ela comprova liquidez, certeza e exigibilidade do crédito. Além disso, a Lei nº 6.830/80 exige a apresentação da CDA. Portanto, a ausência do documento torna a execução inválida.

Base legal:

  • CTN, arts. 202 e 203.
  • LEF, art. 6º, §1º.

2. O que os tribunais têm decidido?

Os tribunais reafirmam a nulidade da execução fiscal sem CDA. Além disso, vários julgados esclarecem que demonstrativos não substituem o título. Ademais, decisões recentes distinguem vícios formais de vícios materiais. Portanto, a falta de CDA impede o prosseguimento da execução.

TribunalEntendimento
TJCEA execução sem CDA é inepta. Além disso, a falta do título compromete contraditório e ampla defesa.
STJA ausência de requisitos essenciais cria vício insanável. Portanto, não cabe substituição da CDA quando o defeito é estrutural.
TJSCA falta de autenticação pode ser vício formal. Contudo, a substituição depende da análise do caso.
TJMGA falta de notificação impede a constituição válida. Assim, a CDA se torna inválida e a execução deve ser extinta.

3. Quando é possível substituir a CDA?

A jurisprudência admite substituição apenas quando existe erro formal. Além disso, o vício não pode alterar o conteúdo essencial. Entretanto, a ausência completa da CDA impede a correção. Consequentemente, a execução deve ser extinta.

Importante: a Súmula 392 do STJ permite substituição até a sentença de embargos, desde que o vício seja apenas formal.

4. Quais são os principais vícios reconhecidos pelos tribunais?

Os julgados destacam vícios que comprometem a validade da CDA. Além disso, os tribunais analisam cada situação com rigor, porque o título fundamenta a cobrança.

  • Ausência total da CDA no ajuizamento.
  • Falta de indicação do fundamento legal.
  • Inscrição realizada sem notificação válida.
  • Inexistência de requisitos essenciais previstos no CTN.

Efeito jurídico: os vícios impedem resistência adequada. Além disso, geram nulidade absoluta da execução.

5. Como utilizar esse entendimento na prática?

O contribuinte pode alegar nulidade por meio de exceção de pré-executividade. Além disso, pode apresentar embargos à execução quando necessário. Assim, a defesa consegue encerrar execuções irregulares.

Defesas mais comuns:

  • Arguição da inexistência da CDA.
  • Impugnação da falta de notificação prévia.
  • Contestação de vícios estruturais relevantes.

6. Links úteis

Os links seguintes ajudam na consulta rápida. Além disso, facilitam acesso a normas essenciais e conteúdos aprofundados.

7. Fale com um advogado

A análise da CDA exige técnica. Além disso, um advogado identifica rapidamente vícios estruturais e define a melhor estratégia.

Vila Velha/ES
Paulo Vitor Faria da Encarnação
Advogado – OAB/ES 33.819

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